Dois carros-bomba mataram ontem pelo menos seis pessoas e feriram várias outras no Sudeste da Turquia, onde a maioria da população é curda, noticiou a Agência France Presse (AFP) citando como fontes as forças de segurança turcas.
Um carro-bomba explodiu na cidade de Diyarbakir, matando ao menos quatro pessoas. O outro foi detonado diante de um hospital em Kiziltepe, na província de Mardin. Nos dois casos, os alvos foram carros de polícia que passavam no momento dos ataques.
O governo turco acusa os guerrilheiros marxistas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Eles estavam negociando a paz até julho do ano passado, quando o presidente Recep Tayyip Erdogan reiniciou a guerra civil para deslegitimar o Partido Democrático Popular (HDP), um partido moderado que conseguiu superar os 10% dos votos e entrar na Assembleia Nacional.
Autoritário e prepotente, Erdogan não teve o menor escrúpulo de reiniciar a guerra civil com os curdos. Além de guerrilheiros curdos e da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, a Turquia enfrenta uma grave crise interna desde a frustrada tentativa de golpe militar de 15 de julho.
Erdogan aproveita para promover um grande expurgo e caça às bruxas visando todas as oposições, apesar dos principais partidos de oposição terem repudiado a tentativa de golpe.
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