Duas explosões mataram pelo menos sete pessoas ontem perto da entrada do aeroporto de Mogadíscio, a capital da Somália, noticiou a televisão pública britânica BBC. A milícia jihadista Al Chababe (A Juventude), ligada à rede terrorista Al Caeda, assumiu a autoria do atentado.
Em uma das explosões, um terrorista suicida explodiu o carro que dirigia ao chegar a um posto policial. Há guardas entre os mortos.
A Somália fica na região conhecida como Chifre da África, no Nordeste do continente. Sob a ditadura de Mohamed Siad Barre (1969-91), o país deixou de ser aliado da União Soviética, que apoiou a Etiópia na Guerra de Ogaden, em 1977, e passou para o lado dos Estados Unidos.
Com o fim da Guerra Fria, a Somália perdeu sua importância estratégica. Desde a morte de Siad Barre, em 1991, vive em estado de anarquia, sem um governo central que funcione.
No Norte, a região da Somalilândia, a antiga Somália Britânica, é praticamente independente. O resto do país é vítima de uma guerra civil permanente, com o território disputado por milícias e senhores da guerra, fome, pirataria e terrorismo. A Somália virou exemplo de Estado falido.
Desde 2007, a Missão da União Africana na Somália (AMISOM) tenta pacificar o país com 22 mil soldados e mandato do Conselho de Segurança das Nações. Sustenta o governo provisório reconhecido internacionalmente, que não controla o território nacional. O maior inimigo é a milícia jihadista Al Chababe.
Apesar do sucesso relativo da missão de paz, a União Europeia, maior financiadora, resolveu cortar sua contribuição em 20%. Os presidentes do Quênia, Uhuru Kenyatta, e de Uganda, Yoweri Museveni, ameaçaram retirar seus soldados, mas os países vizinhos têm muito a perder se abandonarem a Somália.
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