A menos de um ano da eleição presidencial na França, a popularidade do presidente socialista François Hollande caiu a novo recorde negativo. Só 12% confiam no chefe de Estado, indica uma pesquisa do instituto TNS para o jornal Le Figaro.
Hollande insiste em dizer que o país está melhor, com crescimento maior e uma pequena queda no desemprego, deu aumentos a professores e outros funcionários públicos, deixou o ônus da rejeição dos sindicatos à reforma trabalhista com o primeiro-ministro Manuel Valls e se apresenta como o torcedor número da seleção de futebol da França, uma das favoritas da Eurocopa.
O presidente promete anunciar no fim do ano se vai concorrer à reeleição. O Partido Socialista propôs a realização de uma eleição primária com o aval do Palácio do Eliseu. É uma tentativa de legitimar a reeleição.
A ameaça do terrorismo, a estagnação da economia, o desemprego elevado e a onda de greves e manifestações em rejeição à reforma das leis do trabalho contribuem para o que o Figaro chama de "o calvário de Hollande".
No momento, as pesquisas indicam que o PS pode ficar fora do segundo turno da eleição presidencial, como aconteceu em 2002, quando o neofascista Jean-Marie Le Pen, da Frente Nacional, superou o então primeiro-ministro socialista Lionel Jospin e foi derrotado pelo então presidente Jacques Chirac.
Agora, Marine Le Pen, filha de Jean-Marie, aparece como favorita nas pesquisas, disputando a ponta com os favoritos do partido Os Republicanos, o ex-presidente Nicolas Sarkozy e o ex-primeiro-ministro Alain Juppé, que devem disputar a eleição primária da centro-direita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário