Para combater a crise de desabastecimento, o presidente Nicolás Maduro ameaçou ontem em discurso em Caracas ocupar e confiscar as fábricas de alimentos que pararem de produzir na Venezuela, noticiou a televisão pública britânica BBC.
A ameaça foi feita depois que a maior companhia do setor, as Empresas Polar, suspenderam a fabricação de cerveja acusando o governo de proibir a importação de cevada.
Além da incompetência do "socialismo do século 21" do finado caudilho Hugo Chávez, a Venezuela foi atingida em cheio pela queda de mais de 60% nos preços internacionais do petróleo nos últimos dois anos. Faltam alimentos, medicamentos e outros produtos básicos, há racionamento de água e energia.
Há dois dias, Maduro decretou estado de emergência alegando haver conspirações domésticas e internacionais para derrubá-lo. A oposição, que desde as eleições parlamentares de dezembro de 2015 dominam a Assembleia Nacional, está recolhendo assinaturas para convocar um referendo para revogar o mandato do presidente.
Até agora, o Conselho Nacional Eleitoral, dominado pelo regime chavista, ainda não revisou as assinaturas da primeira petição. Pela Constituição da República Bolivarista da Venezuela, se o referendo revogatório for aprovado até o fim deste ano, o país deverá realizar nova eleição presidencial.
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