A Guarda Nacional Bolivarista ocupou ontem a maior cervejaria da Venezuela, que suspendeu suas operações na sexta-feira por falta de dólares para importar matérias-primas, e outras fábricas do grupo Alimentos Polar, o maior conglomerado industrial do país.
"Sim, a Guarda Nacional ainda está aqui", declarou um funcionário da empresa que pediu para não ser identificado pelo jornal Latin American Herald Tribune. "Há gente de várias agências [governamentais], sempre acompanhada da Guarda Nacional." A fiscalização do Ministério do Trabalho também participa.
As expropriações e estatizações se tornaram frequentes na Venezuela desde a ascensão ao poder do coronel Hugo Chávez, em 1999. Mesmo assim, a nacionalização da Polar seria a maior de todas.
Não há expectativa de que o regime chavista estatize a Polar, mas Maduro repetiu no fim de semana uma frase favorita de Chávez: "Fábrica parada, fábrica tomada."
Na segunda-feira, 60 fábricas da Polar foram inspecionadas. Ontem, cinco continuavam ocupadas, inclusive as quatro cervejarias. A maior fica em São Joaquim, no estado de Carabobo, onde produz 80% das cervejas bebidas na Venezuela.
"Estas inspeções não parecem normais. São mais intensas. Há maior presença de homens armados", revelou uma testemunha.
Nunca imaginei que fábricas de cerveja fossem assunto de estado. que situação devem estar passando os venezuelanos!
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