A polícia da República Democrática do Congo, o antigo Congo Belga e Zaire, usou gás lacrimogênio para dispersar uma manifestação de protesto contra o presidente Joseph Kabila e sua pretensão de obter um terceiro mandato na cidade de Lubumbashi, no Sudeste do país, noticiou a Agência France Presse (AFP).
O Congo deve realizar eleições até o fim de 2016. Como a Constituição só permite uma reeleição, Kabila, no fim do segundo mandato, deve deixar o poder, mas parece decidido a fazer o contrário.
Kabila está usando todos os meios para não entregar o poder, inclusive uma reforma constitucional para autorizar um terceiro mandato. Mesmo que ele ainda não tenha declarado oficialmente a intenção de se reeleger, ninguém acredita que vá desistir.
Se Kabila conquistar um terceiro mandato, deve haver reações violentas nas províncias de Katanga, Kivu do Norte e Kivu do Sul, e talvez também na capital, Kinshasa.
Depois da queda do ditador Joseph Mobutu, derrubado em 1997 por Laurent Kabila, pai do atual presidente, o antigo Zaire foi palco da Primeira Guerra Mundial Africana, em que nove exércitos nacionais e centenas de grupos armados irregulares disputaram o poder, com um total de mortos em combate, de fome e de doenças de 5,4 milhões de pessoas.
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