A Argentina deve pagar hoje US$ 12,5 bilhões aos últimos credores que rejeitaram o termo de renegociações anteriores da dívida de quase US$ 100 bilhões caloteado em dezembro de 2001, quando a economia do país entrou em colapso com o fim da dolarização da era Carlos Menem (1989-99).
Com o pagamento, a terceira maior economia da América Latina sai finalmente da moratória decretada em meio à sua pior crise financeira.
"A Argentina está de volta", festejou o ministro das Finanças, Alfonso Prat-Gay. Na semana passada, o país voltou ao mercado financeiro vendendo bônus de sua dívida pública no valor de US$ 15 bilhões. A procura superou a oferta.
Mas a normalização da situação econômica depois de anos de déficit fiscal nos governos de Néstor e Cristina Kirchner ainda é um desafio.
Por causa do fim dos subsídios a energia, transportes e alimentos, a inflação pulou para 40% ao ano e 1,5 milhão de pessoas caíram na miséria. Sob protestos do movimento peronista, o governo Mauricio Macri estuda medida para proteger os mais vulneráveis. A lua de mel com o eleitorado acabou.
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