A Tunísia fechou ontem sua fronteira com a Líbia e aumentou o patrulhamento aéreo e terrestre depois de uma onda de ataques simultâneos atribuídos pelo governo ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante que deixou 54 mortos, sendo 36 jihadistas.
Os alvos foram um quartel do Exército, um posto de polícia e um posto da Guarda Nacional situados em Ben Gardane, uma cidade de 60 mil habitantes próxima da fronteira líbia. A operação de caça aos terroristas ainda está em andamento.
"Trata-se de um ataque coordenado sem precedentes", declarou o presidente Béji Caid Essebsi na televisão. "Os tunisianos estão em guerra contra esta barbárie e estes ratos que vamos exterminar."
Em 2015, o país foi alvo de dois ataques terroristas atribuídos ao Estado Islâmico, contra o Museu do Bardo, em Túnis, onde 22 pessoas morreram, e na praia de Sousse, onde houve 38 mortes. O objetivo foi atingir o setor de turismo, espantando os visitantes europeus.
Hoje, na cidade atacada, as forças de segurança patrulham as ruas. Por alto-falantes, orientam a população a ficar em casa.
Único país onde a Primavera Árabe levou à democratização, a Tunísia é paradoxalmente a nação que mais fornece combatentes estrangeiros para o Estado Islâmico. A crise econômica já faz muita gente ter saudade do antigo regime de Zine ben Ali, ditador de 1987 a 2011.
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