Durante viagem de volta do México para Roma, o papa Francisco admitiu o uso de métodos anticoncepcionais em regiões infestadas pelo vírus da zika. A declaração reabre o debate sobre a proibição da Igreja Católica de uso da camisinha para impedir a transmissão da aids (síndrome de deficiência imunológica adquirida).
O papa também criticou o bilionário Donald Trump, aspirante à candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos em novembro de 2016, dizendo que "ele não é cristão" se pretende erguer um muro na fronteira sul para barrar o acesso ilegal de mexicanos ao país.
"Uma pessoa que só pensa em construir muros, onde quer que seja, e não em construir pontes não é cristã", declarou Francisco em vídeo divulgado pelo jornal The New York Times.
Sem perder a arrogância nem fazer qualquer gesto de humildade, Trump considerou a declaração do papa "uma desgraça".
No final de uma viagem histórica de seis dias ao México e a Cuba, onde esteve com o patriarca Cirilo, da Igreja Ortodoxa Russa, num encontro inédito quase mil anos depois do Cisma do Oriente, o papa discordou de seus predecessores ao dar liberdade a parlamentares católicos para votar a favor da união civil e do casamento de pessoas do mesmo sexo.
Em 2003, um documento da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, na época dirigida pelo cardel Joseph Ratzinger, que viria a ser o papa Bento XVI, proibia legisladores católicos de votar a favor da união civil e do casamento gay.
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