Uma bomba explodiu no início da noite de hoje (pela hora local) numa área comercial do centro de Bangkok, informou a polícia da Tailândia. Pelo menos 22 pessoas morreram e 117 saíram feridas.
O bomba com sete quilos de explosivos teve como alvo o Santuário de Erawan, em homenagem ao deus hindu Rama, também frequentado por budistas. Há turistas chineses e tailandeses entre os mortos. Ninguém reivindicou a autoria do atentado. Algumas testemunhas disseram ter visto uma mulher deixar um pacote no santuário.
A Tailândia vive sob instabilidade política desde a queda do primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, acusado de corrupção e derrubado por um golpe militar em 2006. Muito popular no interior do país, seu grupo enfrenta a rejeição dos militares e da elite de Bangkok.
Nos últimos anos, o centro da capital tailandesa foi ocupado várias vezes pelo movimento de camisas amarelas, que se opõe aos camisas vermelhas, partidários de Shinawatra. Ambos sempre respeitaram o santuário.
Diante da onda de protestos, houve novas eleições, vencidas por Yingluck Shinawatra, irmã de Thaksin, alvo de novo golpe mililtar em 2014. Desde 1º de abril de 2015, o país vive sob lei marcial, uma das possíveis causas da ação terrorista.
Na lista de suspeitos, também estão rebeldes muçulmanos do Sul da Tailândia. O alvo foi o setor de turismo, importante para a economia do país.
Há duas regras básicas na política tailandesa: não atacar a monarquia nem os templos e santuários do país. As duas correntes políticas que disputam o poder na Tailândia dificilmente atacaria um símbolo religioso e cultural.
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