Dias depois do massacre de nove negros por um jovem supremacista branco numa igreja da Carolina do Sul, o presidente Barack Obama chocou os Estados Unidos ao usar a palavra nigger, que literalmente significa negro, mas seria melhor traduzida como crioulo no sentido pejorativo.
Depois de lembrar que o passado de escravidão ainda projeta "sua longa sombra" sobre a sociedade americana, Obama afirmou que "o fato de não se dizer mais crioulo em público não significa que o racismo acabou".
Em uma longa conversa sobre raça em entrevista de rádio, Obama citou seu próprio exemplo de filho de pai negro e mãe branca e insistiu que não há dúvida de que as relações raciais melhoraram durante sua vida. Mas deixou claro que o racismo está profundamente incrustado nos EUA.
Mesmo assim, em vários programas de debates de rádio e TV, a provocação do presidente foi rejeitada. Sem dúvida, Obama conseguiu ampliar a discussão.
Desde o massacre, cresceu o movimento para banir a antiga bandeira dos Estados Confederados do Sul, que lutaram para se separar do Norte durante a Guerra Civil (1861-65) por não aceitarem a abolição da escravatura proposta por Abraham Lincoln.
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