Durante visita do secretário de Estado americano, John Kerry, a Riade, os Estados Unidos e a Arábia Saudita anunciaram hoje um cessar-fogo de cinco dias por razões humanitárias no Iêmen, onde uma intervenção militar saudita tenta conter uma ofensiva de rebeldes apoiados pelo Irã, noticiou a agência Associated Press (AP).
A trégua depende agora da concordância dos rebeldes hutis, xiitas zaiditas que invadiram a capital, Saná, em setembro de 2014 e dissolveram o governo do presidente Abed Rabbo Mansur Hadi em fevereiro de 2015. Um mês e meio depois, os sauditas entraram na guerra civil iemenita liderando uma aliança de países sunitas preocupados com o aumento da influência iraniana no Oriente Médio.
O novo ministro do Exterior saudita, Adel al-Jubeir, prometeu o fim dos bombardeios aéreos e uma ajuda de US$ 274 milhões ao Iêmen. O secretário Kerry convocou as partes a negociar os termos da trégua humanitária, que pode ser prorrogada. É o primeiro passo para a abertura de negociações para pacificar o mais pobre país árabe.
A caminho de Riade, Kerry fez uma escala ontem na República do Djibuti, um pequeno país da região do Chifre da África espremido entre a isolacionista Eritreia e a anárquica Somália - tradicional aliado da Arábia Saudita, situada, assim como o Iêmen, do outro lado do Mar Vermelho.
Depois do fechamento da embaixada dos EUA em Saná, a capital iemenita, em 11 de fevereiro de 2015, as ações militares americanas na região estão sendo realizadas a partir do Campo Lemonnier, próximo ao aeroporto da capital, Djibuti.
É a única base militar dos EUA na África. Desde então, é o centro das operações antiterrorismo, dos ataques de drones contra a rede Al Caeda na Península Arábica, que se instalou no Iêmen para fugir da repressão saudita.
Hoje foi anunciada a morte de um dos comandantes da rede terrorista meses atrás num ataque de drones.
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