Um tribunal antiterrorismo do Paquistão condenou hoje dez homens pela tentativa de assassinato, em 2012, da jovem Malala Yussafzai, que desafiava os extremistas muçulmanos defendendo a educação da mulher, noticiou a televisão pública britânica BBC. Ela ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2014 por sua luta.
Aos 11 anos, Malala criou um blogue para defender o direito das meninas à educação. Tinha 15 anos quando pistoleiros invadiram o ônibus escolar onde ela estava, no vale do Swat, uma área dominada por jihadistas, e dispararam na tentativa de matá-la. Outras duas meninas saíram feridas.
Gravemente ferida, Malala foi levada para tratamento na Inglaterra, onde vive exilada. Recuperada, passou a viajar pelo mundo para ampliar sua luta e escreveu um livro que liderou as listas de mais vendidos, Eu sou Malala, contando sua história. Foi a pessoa mais jovem a ganhar um prêmio Nobel.
No julgamento, os réus admitiram pertencer à milícia fundamentalista muçulmana dos Talebã (Estudantes) do Paquistão, mas o suspeito de comandar o ataque e o pistoleiro que teria disparado não estão entre os condenados. Eles teriam fugido para o Afeganistão.
Hoje, aos 17 anos, ela criou o Fundo Malala para "dar poder à mulher através da educação". A emancipação da mulher é um aspecto fundamental no combate ao fundamentalismo islâmico.
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