segunda-feira, 6 de abril de 2015

Hutis exigem fim dos bombardeios sauditas para negociar no Iêmen

Depois de 12 dias de bombardeios aéreos liderados pela Arábia Saudita e mais de 500 mortes, os rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, manifestaram a intenção de participar de negociações sobre a paz no Iêmen. Suas exigências são o fim dos bombardeios e uma mediação neutra.

O veterano líder huti Saleh al-Samad quer que as negociações sejam transmitidas ao vivo pela televisão para a população iemenita acompanhar.

Em 30 de março, o novo rei Salman ben Abdul Aziz al-Saud, da Arábia Saudita, declarou estar pronto para suspender a campanha aérea e realizar negociações no âmbito do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, dominado pela Arábia Saudita e outras monarquias petroleiras árabes aliadas. Não é um mediador neutro.

No porto de Áden, milícias tribais xiitas aliadas ao presidente deposto Abed Rabbo Mansur Hadi, que fugiu para a Arábia Saudita, resistem à ofensiva huti. Os combates são violentos. Só hoje cerca de 50 pessoas foram mortas.

Há o risco de uma tragédia humanitária. A Rússia apresentou um anteprojeto de resolução ao Conselho de Segurança das Nações propondo uma trégua humanitária. É uma manobra diplomática oportunista num conflito onde não há interesses russos em jogo, mas a população local merece.

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