sábado, 6 de dezembro de 2014

Al Caeda mata reféns em tentativa de resgate no Iêmen

Dois reféns, um americano e outro sul-africano, foram mortos pela rede terrorista Al Caeda na Península Arábica durante uma fracassada tentativa de resgate feita por comandos de elite dos Estados Unidos, admitiu hoje o secretário da Defesa americano, Chuck Hagel.

Quando o comando de operações especiais com 40 soldados estava a cerca de 100 metros do esconderijo, na madrugada deste sábado, os seqüestradores perceberam sua presença. Num tiroteio de meia hora, os reféns foram mortos. Um deles era o jornalista britânico naturalizado americano Luke Somers; o outro, o assistente social sul-africano Pierre Korkie.

A Casa Branca lamentou o fracasso da operação, mas alegou que não tinha alternativa porque os terroristas estavam decididos a matar Somers: "Eles iam executá-lo neste sábado", declarou um alto funcionário do governo dos EUA ao jornal The Wall St. Journal.

Depois da operação que matou Ossama ben Laden, em Abotabade, no Paquistão, em 2 de maio de 2011, as ações de comandos de elite se mostraram uma opção importante na luta contra o terrorismo. Mas o risco de um resgate é sempre elevado.

Os serviços secretos americanos localizaram o refém na quinta-feira. O Comando Conjunto de Operações Especiais do Pentágono queria realizar a ação no dia seguinte. Na sexta-feira de manhã, o presidente Barack Obama aprovou a operação, com o apoio unânime de seus principais assessores, e ps EUA pediram autorização ao presidente do Iêmen.

Pelo relato dos altos funcionários do Pentágono, assim que o tiroteio começou, um militante da Caeda correu em direção ao prédio onde estariam os reféns, dentro de um complexo cercado por um muro alto. Naquele momento, eles devem ter sido mortos. Os americanos alegam que seus tiros não podem ser responsáveis pelas mortes porque havia um muro entre eles e o local onde estavam os reféns.

Um morreu no avião de resgate, um Ospreys V-22; o outro quando era operado no navio de assalto anfíbio USS Makin Island, estacionado na costa do Iêmen. Seis terroristas morreram na ação. Os comandos saíram ilesos. Pouco depois, a principal assessora antiterrorismo da Casa Branca, Lisa Monaco, revelou o fracasso ao presidente, que condenou a execução dos reféns.

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