Depois de acusar a Autoridade Nacional Palestina de "uma verdadeira chantagem", o ministro do Exterior linha-dura de Israel, Avigdor Lieberman, declarou hoje ser melhor realizar novas eleições do que concordar com o plano de paz proposto pelo secretário de Estado americano, John Kerry, e se opôs a qualquer libertação de "terroristas palestinos".
Na reunião dominical do governo israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu criticou a decisão palestina de pedir associação a 15 órgãos do sistema Nações Unidas, reafirmando que o único caminho para a criação de um Estado nacional palestino é a negociação com Israel.
A atual rodada de negociações desandou quando Israel se negou a libertar um grupo de 26 prisioneiros palestinos, na quarta etapa de um total de mais de 100 palestinos condenados por crimes de sangue contra israelenses.
Para destravar a negociação, Kerry chegou a oferecer a soltura do espião americano Jonathan Pollard, condenado por passar segredos de Estado dos EUA para Israel, em troca de mais 400 presos palestinos. Mas as facções mais linha-dura do governo direitista israelense resistiram, como indica a preferência de Lieberman por novas eleições.
Se os prisioneiros palestinos fossem soltos, provavelmente o governo cairia.
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