Na luta para tornar o Japão um país normal, o primeiro-ministro Shinzo Abe está propondo uma reforma na Lei das Forças de Autodefesa para dar poderes aos militares para responder a "pequenos incidentes", informou hoje o jornal japonês Yomiuri Shimbun. Isso significa que terão mais armas e mais liberdade para decidir quando atacar.
Depois da ocupação pelos Estados Unidos no fim da Segunda Guerra Mundial, o Japão adotou uma Constituição imposta pelos americanos que proíbe a ação de suas forças armadas no exterior, daí serem chamadas de Forças de Autodefesa.
Há algumas décadas, líderes japoneses falam em alterar a Constituição para que o Japão volte a ser um país como os outros. A pressão aumenta diante de ameaças externas como o programa nuclear da Coreia do Norte e do extraordinário crescimento da China, que aumenta os gastos militares e se mostra cada vez mais agressiva nas disputas territoriais com os países-vizinhos.
Durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, no mês passado, o primeiro-ministro Abe lembrou que a Alemanha e o Reino Unido também era grandes parceiros comerciais em 1914, antes do início da Segunda Guerra Mundial, fazendo um paralelo com a China e o Japão hoje.
Em outubro de 2013, o Japão realizou manobras militares com 34 mil soldados do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, inclusive treinamento para operações de assalto anfíbio. Agora, vai instalar mísseis terra-mar tipo 88 nas ilhas de Miyakojima e Okinawa. Também está fortalecendo as ilhas Ryukyu.
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