O caos na Líbia desde a queda do coronel Muamar Kadafi, em agosto de 2011, transformou o Sul do país numa "incubadora de grupo terroristas", protestou ontem o ministro do Interior do Níger, Massoudou Hassoumi, exigindo que as potências que ajudaram a derrubar o ditador - especialmente os Estados Unidos, a França e o Reino Unido - "deem assistência técnica depois da venda".
A França pode intervir no Sul da Líbia e comandos ocidentais já estão operando na Líbia e na Tunísia. Como fica entre o Sul da Líbia e o Norte do Mali, o Níger é rota de trânsito de extremistas muçulmanos. Quando estava no poder, Kadafi treinava e armava os nômades do deserto, os tuaregues, e os usava contra outros governos africanos.
Durante a guerra civil no Mali, em 2011-12, os rebeldes tuaregues saíram da Líbia e passaram pela Argélia e o Níger para atacar o Norte do Mali. Pelo menos dois grupos jihadistas com a mesma ideologia da rede terrorista Al Caeda aderiram à luta, provocando a intervenção militar francesa.
Os frágeis governos dos países do Sahel temem que insurreições islâmicas possam esmagar sua estrutura estatal.
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