A Organização de Energia Atômica do Irã declarou hoje ter parado de enriquecer urânio ao teor de 20%, usado em reatores de pesquisas médicas. É um ponto essencial do acordo afirmado com as grandes potências mundiais para paralisar parcialmente o programa nuclear iraniano durante seis meses, enquanto é negociado um acordo definitivo para que o país não desenvolva armas atômicas.
Em troca, pelo acordo provisório, as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha vão suspender parcialmente as sanções à república islâmica, liberando US$ 4 bilhões iranianos congelados no exterior.
O regime fundamentalista do Irã é suspeito de desenvolver armas nucleares. Afirma que seu programa nuclear é totalmente pacífico, destinado à produção de energia. Nos reatores nucleares, usa-se urânio enriquecido a baixos teores, de menos de 10%.
Para fazer a bomba atômica de urânio, é necessário enriquecer urânio a 90%. Os 20% são um teor intermediário. Ao desligar as centrífugas de central nuclear de Natanz, o Irã parou o enriquecimento a 20%. Seu governo também se comprometeu a converter todo seu urânio enriquecido a 20% a um teor de 5% para uso em usinas nucleares.
Uma equipe de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU, chegou a Teerã há dois dias para fiscalizar o acordo.
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