O ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, convocou hoje o embaixador dos Estados Unidos em Paris para dar explicações sobre novas denúncias de espionagem publicadas pelo jornal Le Monde revelando que a Agência de Segurança Nacional americana interceptou 70,3 milhões de telefonemas na França de 10 de dezembro de 2012 a 8 de janeiro de 2013.
Em resposta, a Casa Branca alegou que os EUA espionam "como todos os países".
A reportagem se baseia nos documentos vazados pelo ex-funcionário subcontratado pela NSA Edward Snowden e divulgados pelo jornalista americano Glenn Greenwald. Os alvos não foram apenas suspeitos de terrorismo, como tentam justificar os EUA. Incluíram políticos e empresários.
Na visão do Monde, trata-se de uma "intromissão em larga escala tanto do espaço privado de cidadãos franceses como nos segredos de grandes empresas nacionais".
O México também protestou, diante de denúncias de que o correio eletrônico do ex-presidente Felipe Calderón também foi espionado. A Alemanha e o Brasil também protestaram.
Em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff considerou inaceitável a espionagem de um país democrático e aliado.
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