O comando das Forças Armadas do Egito deu posse hoje ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Adli Mansour, como presidente interino, depois de derrubar ontem o primeiro chefe de Estado e de governo eleito democraticamente na história do país, Mohamed Mursi, que está em prisão domiciliar.
Ao suspender a Constituição, depois de dar um ultimato de 48 horas para que o governo da Irmandade Muçulmana e as oposições se entendessem, o ministro da Defesa, general Abdel Fattah al-Sissi, prometeu realizar eleições parlamentares e presidencial, mas não disse quando.
Mais confrontos entre partidários da Irmandade Muçulmana e da oposição elevaram para 35 o total de mortos desde domingo. Pelo menos 300 ativistas do grupo islamita foram presos.
A Irmandade se nega a trabalhar com o atual governo, que considera usurpador e responsável pelas mortes, prisões, censura a jornalistas e fechamento de emissoras de televisão de partidos religiosos. Está convocando protestos de massa para amanhã, que pretende converter na "sexta-feira da rejeição".
Os partidários de Mursi criaram um movimento inspirado pelo Tamarod (Rebelde), que convocou manifestações de massa contra o presidente deposto. O Tamarod al-Islamia quer fazer o mesmo contra o juiz Mansour.
A União Africana ameaça suspender o Egito por considerar a mudança de governo inconstitucional. A Turquia condenou o golpe.
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