Nas alegações iniciais de seu processo em tribunal militar por traição e divulgação de segredos de Estado, o ex-soldado do Exército dos Estados Unidos Bradley Manning admitiu ter copiado documentos sigilosos do governo americano, mas argumentou que queria provocar um debate sobre as invasões do Afeganistão e do Iraque, e não ajudar o inimigo.
Mais de 700 mil documentos furtados por Manning foram divulgados pelo sítio WikiLeaks, fundado pelo australiano Julian Assange. Ao todo, ele é acusado de 22 crimes e admitiu a culpa em 10. Pode pegar uma pena de 154 anos de prisão.
A denúncia afirma que Manning colocou em risco diplomatas e militares americanos, e suas fontes, que passaram informações de interesse das autoridades dos EUA. O advogado de Manning argumentou que ele foi "ingênuo" e não tinha má intenção. Queria apenas provocar um debate sobre as ações das Forças Armadas americanas no exterior.
Manning declarou ter sido torturado, colocado nu diante dos militares que o interrogaram, além de ter seus óculos tirados e de ficar durante meses numa cela solitária de 4 metros quadrados em que a luz ficava ligada permanentemente.
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