As imagens inacreditáveis da polícia disparando balas de borracha contra manifestantes desarmados e a morte de uma gari de ataque cardíaco em Belém levantam uma questão central suscitada pelas manifestações: por que o Brasil precisa de polícias militares, que não existem em países democráticos? Quem é o inimigo?
Uma polícia democrática saberia ocupar o espaço entre os criminosos e oportunistas que se valem da situação para depredar e saquear, protegendo quem está simplesmente exercendo seu direito de protestar pacificamente contra os corruptos que governam o país em todos os níveis.
Diante do silêncio do governo federal, maior responsável pela insatisfação generalizada que explodiu nas ruas, e da violência da polícia, que só serviu para aumentar o número e o ímpeto dos manifestantes, para onde correr?
Vem para a rua, como diz o jingle, que a rua é a maior arquibancada do Brasil. Em algum momento, nossos políticos autistas vão ouvir a voz das ruas.
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