Uma equipe das Nações Unidas vai investigar as denúncias de uso de armas químicas na guerra civil da Síria pela ditadura de Bachar Assad nas cidades de Alepo e Homs, a segunda e a terceira maiores do país, confirmou hoje o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon.
Depois da França e do Reino Unido, ontem o serviço secreto de Israel afirmou ter provas do uso de armas químicas contra os rebeldes. Os investigadores da ONU aguardam autorização para entrar na Síria e verificar essas alegações.
Várias vezes o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu que o uso ou movimentação de armas de destruição em massa eram o sinal vermelho para Assad. Se o ditador cruzasse esse limite, estaria sujeito a uma intervenção militar internacional.
Obama não mostra o menor interesse em entrar numa nova guerra no Oriente Médio. A sociedade internacional vira as costas. Depois de dois anos e um mês de uma revolta popular inicialmente pacífica que se transformou numa guerra civil brutal diante da cruel repressão do regime, a Síria é um país fragmentado e arrasado.
A frágil aliança entre os diferentes grupos étnicos e religiosos que compunham a Síria dificilmente será restabelecida, pelo menos em curto prazo.
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