Um tribunal federal de recursos dos Estados Unidos suspendeu temporariamente uma decisão de um juiz federal da primeira instância de Nova York que obrigava a Argentina a pagar US$ 1,33 bilhão em 15 de dezembro a credores que rejeitaram as renegociações da dívida do país impostas por Buenos Aires, informa o jornal inglês Financial Times.
Em 2005 e 2010, 93% dos donos de títulos da dívida argentina caloteada em 2001, de cerca de US$ 100 bilhões, aceitaram trocá-los por bônus com desconto de até 30%, juros menores e prazos mais longos, aliviando a pressão sobre o Tesouro. Os 7% que rejeitaram as perdas acionaram a Justiça para recuperar o dinheiro investido.
Na semana passada, o juiz federal americano Thomas Griesa decidiu que a Argentina não pode discriminar seus credores, pagando apenas os que concordaram com a renegociação.
O governo Cristina Kirchner seria obrigado a saldar a dívida com antigos credores antes de remunerar os novos com US$ 3,1 bilhões. Como a Argentina se nega a pagar quem não aceitou seus termos, o país poderia ficar tecnicamente em calote mais uma vez.
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