Em um desafio aos militares, que mandam no país há 60 anos, o novo presidente do Egito, Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, anulou neste domingo a dissolução da Assembleia Nacional, determinada pelo Supremo Tribunal de Justiça sob a alegação de que parte das eleições foi irregular.
Mursi declarou que o atual Parlamento deve se reunir até as eleições para uma nova Assembleia.
Depois da decisão judicial, o Conselho Supremo das Forças Armadas, que assumiu o poder desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, avocou para si o poder legislativo, inclusive de redigir uma nova Constituição.
Os islamitas moderados da Irmandade Muçulmana obtiveram 38% dos votos e os radicais salafistas, 29%, o que deu maioria absoluta no Parlamento aos partidos fundamentalistas muçulmanos. Como na Turquia até bem pouco tempo atrás, os militares egípcios se consideram guardiães do Estado laico e da aliança política com os Estados Unidos.
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