O Supremo Tribunal de Justiça do Egito rejeitou hoje a reconvocação da Assembleia Nacional pelo presidente Mohamed Mursi, reafirmando que sua dissolução no mês passado por causa de supostas irregularidades eleitorais é irrevogável.
Ontem, Mursi, eleito pela Irmandade Muçulmana e empossado pelos militares em 30 de junho de 2012, afirmou que o Parlamento deveria continuar funcionando até a realização de novas eleições.
Diante da dissolução da Assembleia Nacional, o Conselho Supremo das Forças Armadas, que assumiu o poder desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, na chamada Primavera Árabe, avocou para si todos os poderes legislativos, inclusive de redigir uma nova Constituição.
O conflito entre militares e islamitas, que marcou a História do Egito, nas últimas décadas está vivo. Será um dos maiores desafios da construção de uma democracia no país, observa a televisão pública britânica BBC.
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