Os bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte à Líbia, autorizados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para proteger a população civil, mataram pelo menos 72 pessoas inocentes e suas mortes devem ser investigadas, exigiu hoje a organização não governamental Human Rights Watch (Observatório ou Vigília dos Direitos Humanos).
Em um relatório de 76 páginas, a organização pede à OTAN uma "compensação imediata e adequada" às famílias dos 72 mortos. A ONG investigou oito locais atingidos por bombardeios aéreos das potências ocidentais e concluiu que 20 mulheres e 24 crianças foram mortas por eles, informa a AFP (Agência France Presse).
A aliança militar liderada pelos Estados Unidos interveio na guerra civil líbia sob pressão da França e do Reino Unido em março de 2011, quando as forças leais ao coronel Muamar Kadafi fechavam o cerco sobre Bengázi, a segunda maior cidade do país, diante de ameaça de um massacre dos rebeldes.
Vários países criticaram a atuação da OTAN, acusando-a de ir além do mandato para derrubar Kadafi. Os governos dos EUA, França e Reino Unido alegaram que seria impossível proteger a população civil com o ditador no poder.
Outro grupo de defesa dos direitos humanos, a Anistia Internacional, havia pedido em março deste ano a investigação de 55 mortes supostamente causadas por erros da aliança atlântica.
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