sexta-feira, 4 de maio de 2012

Dissidente chinês faz apelo ao Congresso dos EUA

Por telefone, o dissidente cego Chen Guangcheng fez hoje um apelo a uma comissão do Congresso dos Estados Unidos pedindo ajuda para sair da China no avião da secretária de Estado, Hillary Clinton, que está em Beijim com o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, para mais uma etapa do diálogo estratégico entre as duas grandes potências mundiais.

"A China prometeu garantir meus direitos constitucionais e disse que sou um homem livre", declarou Chen de sua cama de hospital, onde está internado desde que saiu da embaixada dos EUA. "Quero que mantenham o compromisso e me permitam viajar ao exterior para me recuperar. Quero ir para os EUA e descansar um pouco, porque não tenho um domingo há sete anos."

Chen, um advogado cego de 40 anos que lutou contra as políticas de natalidade e de combate à aids, entre outras causas, escapou no mês passado de sua casa na província de Shandong depois de sete anos de prisão domiciliar. Com a ajuda de amigos, foi até a capital e se refugiou na embaixada americana.

Seu caso virou tema da campanha eleitoral nos EUA. O ex-governador Mitt Romney, provável candidato do Partido Republicano à Casa Branca, afirmou hoje que o país tem um compromisso com a liberdade, criticando o governo Barack Obama por fazer declarações mas aceitar a pressão dos chineses para Chen deixar a embaixada.

O embaixador Gary Locke garante que Chen deixou espontaneamente a embaixada, depois de refletir sobre a questão, dizendo que gostaria de ficar na China para continuar seu trabalho na defesa dos direitos humanos. Ao chegar no hospital, sabendo que sua mulher tinha sido ameaçada de morte para coagi-lo, teria mudado de ideia e aceito a proposta de asilo nos EUA, informa a TV americana CNN.

A melhor maneira dele sair da China seria para tratamento de saúde no exterior.

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