Um dia depois de anunciar a desapropriação da antiga companhia estatal de petróleo da Argentina, Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF), o governo Cristina Kirchner rejeitou a avaliação da empresa espanhola Repsol de que sua participação de 51% no capital da YPF-Repsol valeria US$ 10,5 bilhões.
O ministro do Planejamento, Julio De Vido, um dos homens-fortes do kirchnerismo, avisou que o governo argentino pretende descontar o valor dos danos ambientais supostamente causados pela empresa.
No Senado, De Vido discutiu com o senador Luis Naydenoff, da oposicionista União Cívica Radical (UCR), que lembrou que o casal Kirchner apoiou a privatização realizada em 1991 pelo então presidente Carlos Menem, ganhando US$ 600 mil com a venda de sua participação acionária.
Aqui no Brasil, peleguisticamente, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, afirmou não ter informações sobre um possível interesse argentino em assumir as operações da Petrobrás. Ele disse que seria uma decisão soberana do país vizinho à qual o Brasil não teria como se opor, como se os dois países não fossem sócios no Mercosul e não tivessem de respeitar os acordos assinados.
Na semana passada, a Petrobrás perdeu a licença para explorar petróleo na província de Neuquén. Cristina passaria a área para a YPF estatizada.
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