sexta-feira, 2 de março de 2012

Obama alerta o Irã: ameaça de ataque não é "blefe"

O presidente Barack Obama reafirmou a intenção dos Estados Unidos de impedir que o Irã tenha armas atômicas e advertiu que a ameaça bombardear as instalações nucleares do país não é um "blefe ", noticia o jornal The New York Times.

Às vésperas da chegada a Washington do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Obama rejeitou a sugestão de que os EUA estejam dispostos a aceitar um Irã com armas nucleares: "Penso que o governo israelense reconhece que, como presidente dos EUA, eu não blefo".

Em entrevista de 45 minutos à revista The Atlantic desta semana, Obama afirmou: "Penso que os governos iraniano e israelense reconhecem que, quando os EUA dizem que é inaceitável o Irã com armas nucleares, realmente estamos querendo dizer isso".

Para o presidente americano, o programa nuclear iraniano é uma ameaça "profunda" à segurança nacional dos EUA e de Israel. Ele rejeitou o argumento de que será possível conter um Irã com armas atômicas no Oriente Médio.

"Estamos falando da região mais volátil do mundo", alegou Obama. "Não será tolerável para vários países da região que o Irã tenha armas nucleares e eles não. O Irã é um conhecido patrocinador de organizações terroristas, então a ameaça de proliferação se torna muito mais séria. (...) Seria muito perigoso para o mundo."

Na análise de Obama, a Primavera Árabe enfraqueceu a ditadura teocrática iraniana: "Sem dúvida, o Irã está hoje muito mais fraco do que um, dois, três anos atrás. A Primavera Árabe, por mais acidentada que tenha sido, é uma derrota estratégica para o Irã, porque o que os povos da região estão vendo é que todos os impulsos pela liberdade, a autodeterminação, as liberdades de expressão e de associação são constantemente violados pelo Irã. E a Primavera Árabe está engolfando a Síria, e a Síria é seu único verdadeiro aliado na região".

O presidente dos EUA reiterou que o ditador da Síria, Bachar Assad, perdeu toda legitimidade: "Sua queda é uma questão de tempo. Estamos coordenado esforços com a comunidade internacional para que isso aconteça logo".

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