terça-feira, 6 de março de 2012

Guerra cambial de Mantega e Dilma é tiro n'água

Ao insistir no argumento de que os países em desenvolvimento estão sendo afogados numa "tsuname financeira", a presidente Dilma Rousseff ouviu ontem da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, criticas do protecionismo do governo brasileiro, que aumentou o imposto de importação sobre automóveis.

O crescimento medíocre do produto interno bruto, de 2,7% em 2011, anunciado hoje, só comprova o equívoco da política econômica brasileira, que nada faz para reduzir a perda de competitividade da indústria nacional.

Em entrevista ao conta corrente da GloboNews, o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega destruiu o argumento furado do atual ministro, Guido Mantega, um economista medíocre, de que o Brasil é vítima de uma guerra cambial.

Pelos cálculos citado pelo jornal O Estado de S. Paulo, os países ricos lançaram US$ 8,8 trilhões no mercado nos últimos anos. Mas seus objetivos foram estimular suas economias e evitar um novo colapso do sistema de crédito interbancário como aconteceu em setembro de 2008.

Sem essas medidas, o risco de uma nova grande depressão seria enorme, com impacto negativo sobre toda a economia mundial.

O Brasil sofre um processo de desindustrialização por falta de competitividade do setor manufatureiro, sobretudo diante da China, que pode ser atribuída ao tripé câmbio, juros e impostos. O Banco Central intervém regularmente no mercado de câmbio para tentar sustentar a moeda, na maioria das vezes em vão, dado o volume de dinheiro disponível hoje no sistema financeiro internacional.

Desde que assumiu, Dilma mostra determinação de reduzir as taxas de juros, admitindo uma inflação mais alta, de 6,5%, longe do centro da meta, de 4,5%. Mas a carga fiscal não cai, e a presidente e seu ministro da Fazenda ficam atacando moinhos de vento, no pior estilo Dom Quixote.

Para todos os efeitos práticos, é uma infantilidade.

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