Em um "acontecimento extraordinário" na opinião de um diplomata francês, a Rússia surpreendeu a sociedade internacional e apresentou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas um projeto de resolução condenando a violência na Síria.
A proposta condena a violência "de todas as partes, inclusive o uso desproporcional da força pelas autoridades sírias".
Diante do ensaio de uma Primavera Russa com as grandes manifestações de protesto contra as fraudes nas eleições parlamentares de 4 de dezembro de 2011, o Kremlin se apressa em tentar marcar as supostas diferenças entre a política interna e o que está acontecendo no mundo árabe.
É uma reviravolta. Há poucos meses, a China e a Rússia vetaram um projeto de resolução apresentado por cinco países europeus condenando a ditadura de Bachar Assad, que deflagrou uma onda de repressão às manifestações inicialmente pacíficas responsável por mais de 5 mil mortes desde 15 de março de 2011.
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