sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Merkel defende união fiscal da Zona do Euro

Em discurso hoje na Câmara Federal da Alemanha, a chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel declarou que não há solução fácil para a crise das dívidas públicas da Zona do Euro e defendeu uma união fiscal, com regras orçamentárias rígidas para recuperar a credibilidade da união monetária europeia.

"Não falamos apenas de uma união orçamentária, mas de uma união orçamentária com regras estritas pelo menos para a Eurozona", afirmou a chanceler alemã. Ela disse que serão necessários anos para restaurar a credibilidade do euro.

Merkel insistiu em que a verdadeira solução só virá de reformas nos tratados constitutivos da União Europeia para impor essa disciplina fiscal.

Mais uma vez, ela rejeitou a emissão de eurobônus para negociar em conjunto as dívidas dos 17 países que usam o euro, reporta o jornal The New York Times.

Foi mais vaga quanto a uma intervenção maior do Banco Central da Europa para comprar títulos dos países em dificuldades, a que resistia até agora. Como o BCE é a única instituição comum a toda a Eurozona, é o maior instrumento para atacar a crise de imediato.

Para Merkel, a única saída verdadeira é mais disciplina fiscal e austeridade. Isso significa impor um longo período de deflação e contração a países da periferia da Europa como Grécia, Irlanda e Portugal.

O problema é que os países-membros da Eurozona perderiam sua soberania orçamentária em troca de nada. A proposta de Merkel não prevê a criação de um mecanismo de transferências fiscais para redistribuir recursos.

3 comentários:

  1. Moreira Drenier4:26 PM

    Nelson, li a referência ao seu nome na coluna do Noblat.

    Pena que o Merval escreveu uma impropriedade, disse que a Turquia faz parte do mundo árabe. Não sei de onde ele tirou isso, desde quando a Turquia é árabe!?!?!?!

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  2. No que me toca, disse que a Turquia é um dos raros exemplos de democracia no mundo muçulmano.

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  3. Moreira Drenier8:28 PM

    Pois é, pena que para o Imortal Merval, muçulmano é sinônimo de árabe. Santa ignorância a dele.

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