Por 153 a 145 votos, o primeiro-ministro George Papandreou acaba de sobreviver a um voto de confiança no Parlamento da Grécia.
Sua derrota forçaria a realização de eleições antecipadas. Uma campanha eleitoral agravaria ainda mais a pior crise enfrentada pelo país entrou para a Comunidade Europeia, em 1981.
Papandreou admitiu que "graves erros" foram cometidos. Fez um apelo para a formação de um governo de união nacional, mas os partidos de oposição se recusam a participar de um governo liderado por ele.
Uma alternativa é formar um governo tecnocrático sob a chefia do ex-presidente do Banco Central Lucas Papademos.
A Grécia recebeu na madrugada de 29 de outubro uma proposta de acordo que reduz sua atual dívida em 50%, uma imposição feita pela Alemanha junto aos credores privados. Em troca, aceitou um ajuste fiscal rigoroso, que significa recessão, desemprego e corte de benefícios.
Sob pressão interna, Papandreou anunciou a convocação de um plebiscito, argumentando que precisava de apoio popular para impor os cortes de gastos e benefícios sociais e aumentos de impostos. Só conseguiu agravar a crise e enfurecer os aliados europeus, especialmente a Alemanha e a França.
Foi obrigado a recuar. Papandreou parece liquidado politicamente. Ontem, foi o ministro das Finanças, principal negociador da dívida, que declarou categoricamente que não haveria referendo.
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