Apesar das acusações de corrupção e enriquecimento ilícito, o presidente Daniel Ortega, que governou a Nicarágua durante dez anos depois da Revolução Sandinista e voltou há quatro anos pelo voto popular, deve ser reeleito domingo sem problemas.
Ortega, da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), tem 48% das preferências contra 30% do empresário e radialista Fabio Gadea, do Partido Liberal Independente, uma aliança de direitistas com dissidentes do sandinismo.
Em terceiro, com 11%, vem o ex-presidente e ex-aliado Arnoldo Alemán (1997-2002), do Partido Liberal Constitucional, que não vai reconhecer a vitória do presidente alegando que a reeleição é inconstitucional.
Pela legislação nicaraguense, para ganhar a eleição presidencial no primeiro turno bastam 40% dos votos válidos ou 35% e cinco pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado, informa a revista América Economia.
Num dos países mais pobres da América depois do Haiti, com seu autoritarismo suave, Ortega termina o mandato mais popular do que começou graças aos programas sociais financiados com a ajuda da Venezuela de Hugo Chávez. A Nicarágua é um dos países membros da Alba (Aliança Bolivarista para as Américas).
Ele manteve a retórica antiamericana, afinado com seus aliados Chávez, Fidel e Raúl Castro, mas seguiu rigorosamente as orientações do Fundo Monetário Internacional. Isso lhe permitiu combinar atração de investimentos com o combate à miséria.
Em 2010, a Nicarágua recebeu da Venezuela o equivalente a US$ 511 milhões em ajuda direta e petróleo subsidiado. É 7,6% do produto interno bruto nicaraguense.
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