O segundo e o terceiro colocados na eleição presidencial de domingo na Nicarágua denunciam fraude, quando o presidente Daniel Ortega obteve uma vitória folgada.
Com 85% das urnas apuradas, Ortega tinha 63% dos votos válidos, seguido por Fabio Gadea com 31% e pelo ex-presidente Arnoldo Alemán, que recebeu apenas 6%.
Os derrotados se recusam a reconhecer a vitória de Ortega. Durante a campanha, Alemán advertiu que não aceitaria a reeleição presidencial por ser contra a Constituição da Nicarágua. O presidente manipulou a Corte Suprema para ser autorizado a concorrer a um terceiro mandato.
A Frente Sandinista de Libertação Nacional, o grupo guerrilheiro que derrubou a ditadura de Anastasio Somoza em 1979 sob a liderança de Ortega e depois se tornou um partido político, obteve maioria absoluta na Assembleia Nacional, noticia o jornal francês Le Monde.
Ortega governou a Nicarágua da vitória da revolução até 1990, perdeu três eleições consecutivas, mas voltou há quatro anos.
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