Num recuo diante da enorme pressão internacional, o primeiro-ministro George Papandreou decidiu suspender a realização de uma consulta popular sobre o acordo para redução da dívida da Grécia, disse agora há pouco a rede de televisão americana CNN.
Em discurso para a bancada do Partido Socialista Pan-Helênico (Pasok) no Parlamento, transmitido ao vivo agora pela CNN, Papandreou declarou que não haverá necessidade de um referendo se a oposição conservadora concordar com os cortes de gastos públicos e benefícios sociais, e aumentos de impostos, adotados para ajustas as contas do país. Ele se encontra hoje à noite com o líder da oposição
Depois de um duro encontro ontem com a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, o chefe do governo grego reconheceu que está em jogo a participação de seu país na união monetária europeia.
Merkel e Sarkozy deixaram claro que a Grécia não receberá mais nenhum centavo enquanto a situação não for esclarecida.
A pressão do mercado também é enorme. Os títulos da dívida pública da Grécia com 10 anos de prazo estão sendo vendidos com juros de 23% ao ano, 20 pontos percentuais acima de títulos de mesmo prazo da Alemanha. A Itália está precisando pagar 6,4% ao ano. Taxas acima de 6% indicam forte risco de calote.
Amanhã, Papandreou será submetido a um voto de confiança no Parlamento.
As principais bolsas de valores da Europa fecharam em alta. Em Nova York, o Índice Dow Jones avança 2,15%. Na Ásia, a crise grega causou queda, com Hong Kong perdendo 2,5%.
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