domingo, 2 de outubro de 2011

Polícia prende 700 em protesto anti-Wall Street

A Polícia de Nova York prendeu 700 ativistas de um movimento que protesta contra a ganância do sistema financeiro. Proibidos de se manifestar diante da Bolsa de Valores, em Wall St., eles tentaram bloquear a Ponte do Brooklyn e por isso foram detidos, informa a agência de notícias France Presse.

Mas os jovens que lembram o movimento antiglobalização que tentou impedir a reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Seattle, nos Estados Unidos, em 1999, marcaram nova marcha para quarta-feira.

Essa onda de protestos foi articulada via Internet para lutar contra o poder das grandes corporações, especialmente do setor financeiro. Tem paralelo nas manifestações dos "indignados" que denunciam em vários países da Europa a erosão do poder democrático e popular em sociedades cada vez mais governadas pelo capital financeiro.

Quando o setor financeiro esteve à beira do colapso e ameaçava arrastar o resto do mundo, em setembro de 2008, trilhões de dólares foram mobilizados para salvar bancos e seguradoras falidas. A conta foi repassada aos governos, que enfrentam uma crise de dívidas públicas.

Ao mesmo tempo, o avanço na regulamentação para controlar os excessos do setor financeiro foi mínimo, os bancos americanos voltaram a ter lucros formidáveis e a distribuir bônus milionários a seus superfuncionários.

A sensação de jovens desempregados e sem perspectiva de um futuro melhor só pode ser de descrença e impotência. Neste sentido, pode-se traçar um paralelo com as revoltas no mundo árabe, que começaram como protestos contra a carestia, o custo de vida e a corrupção de governos incompetentes e incapazes de resolver os problemas do cotidiano de suas populações.

Ambos movimentos são frutos da crise econômica internacional de 2008-9 e da sensação de impotência dos jovens diante das forças que governam o mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário