quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Morre Steve Jobs, o visionário fundador da Apple

Steve Jobs, que criou a Apple como uma empresa de garagem com seus amigos em 1976 na Califórnia e a transformou na maior empresa de capital aberto do mundo, com valor de mercado de US$ 350 bilhões, morreu hoje, informou a TV americana CNN citando fontes da empresa.

Ele nasceu em São Francisco e tinha 56 anos. Desde 2004, lutava contra um câncer no pâncreas e tinha sido submetido a um transplante de fígado, em 2009. Em estado grave, deixou o comando da empresa em agosto de 2011.

"Sua influência será sentido por décadas", comentou o arquirrival Bill Gates, fundador da Microsoft, que durante algum tempo levou vantagem no duelo com a Apple.


Filho adotivo, Jobs foi criado no Vale do Silício, principal centro da indústria de informática nos EUA. Com um telefonema para Bill Hewlett, conseguiu um emprego na Hewllet-Packard, onde conheceu Steve Wozniak, seu parceiro na fundação da Apple.

Antes de criar a empresa, Jobs se tornou budista, foi para a Índia e teve experiências com drogas alucinógenas. Mais tarde, chegou a dizer que, se Gates tivesse meditado ou tomado LSD, teria mais ideias não convencionais.

A Apple nasceu em 1º de abril de 1976, o Dia dos Bobos, na garagem da casa dos pais adotivos de Jobs. Ele e o sócio saíam pessoalmente para vender o Apple I de loja em loja. Mas o mercado ainda não estava preparado para a ideia do computador pessoal.


Ao lançar o Mac, primeiro computador pessoal de uso fácil para leigos, operados com ícones e janelas, em 1984, a Apple criou um mercado logo ocupado pelos chamados PCs. Esses computadores passaram a usar o programa operacional Windows, da Microsoft, que dominou o mercado e se tornou a maior empresa de informática do mundo, superando a IBM.

Em 1985, a diretoria da Apple demitiu Jobs. Ele fundou a Pixar, especializada em computação gráfica, o que o levou à produção de cinema, inclusive de Toy Story, e a se tornar o maior acionista da Disney. Também criou a NeXT, comprada pela Apple em 1996, quando a empresa parecia sem destino, em declínio terminal

Jobs voltou e lançou novos produtos revolucionários como o iMac, em 1998; o iBook, em 1999; o iPod, em 2001, revolucionando o mercado de tocadores de música; o iPhone, em 2007, integrando o iPod a um telefone celular, e o iPad, em 2010. Esses aparelhos móveis criaram a era pós-PC e novos mercados como o dos tabletes, onde a Apple reina absoluta.

Ontem, o lançamento de uma nova versão do iPhone 4S, quando o mercado esperava um iPhone 5, foi considerada uma decepção. Mas a nova versão do iPhone 4 chega ao mercado americano pela metade do preço, mostrando a disposição da empresa de lutar para manter seus nichos de mercado, inclusive contra a concorrência de baixo custo.

O lendário Jobs se foi. Seu legado é a Apple. O desafio da empresa é manter a criatividade do gênio que a construiu.

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