terça-feira, 11 de outubro de 2011

EUA acusam Irã de tentar matar embaixador saudita

O Irã contratou um cartel do tráfico de drogas do México por US$ 1,5 milhão para atacar as embaixadas da Arábia Saudita e de Israel e matar o embaixador saudita em Washington, denunciou agora há pouco o secretário da Justiça e procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder.

Dois suspeitos ligados ao governo do Irã, foram presos. O principal suspeito é Manssor Arbabsiar, um iraniano naturalizado americano, detido no mês passado. Ele pertenceria ao Qods, um comando de elite da Guarda Revolucionária, uma das bases de sustentação da ditadura teocrática de Teerã, batizado com o nome árabe para Jerusalém. O outro suspeito, Gholam Shakuri, estaria livre no Irã.

Holder prometeu responsabilizar o regime fundamentalista muçulmano do Irã pela conspiração terrrorista, informa o jornal The New York Times. Nas palavras do diretor-geral do FBI, Robert Mueller, o complô poderia ter causado a morte de muitos americanos: "Eles não estavam preocupados em matar inocentes".

Na versão do governo Barack Obama, a morte do embaixador saudita seria apenas o primeiro de uma série de atos terroristas em território dos EUA. Ele seria atacado num restaurante de luxo da capital americana.

A conspiração teria sido descoberta quando o líder da conspiração entrou em contato com um policial da Agência de Repressão às Drogas dos EUA pensando que fosse um traficante mexicano.

Em 1992, um atentado terrorista matou 29 pessoas na Embaixada de Israel em Buenos Aires. Dois anos depois, outro ataque atribuído a extremista muçulmanos matou 85 pessoas num centro cultural israelita na capital da Argentina. Nos dois casos, a Justiça argentina responsabilizou o governo do Irã, pedindo a prisão do então presidente Ali Akbar Hachemi Rafsanjani e do atual ministro da Defesa, Ahmad Vahidi.

A nova denúncia abala ainda mais as relações entre a Arábia Saudita e o Irã, que disputam a liderança regional e tentam impor seus modelos de islamismo ao resto do Oriente Médio num duelo entre sunismo e xiismo. Entre as revelações mais espetaculares dos documentos sigilosos da diplomacia americana vazados pelo WikiLeaks, estava um pedido do sultão da Arábia Saudita para que os EUA atacassem e destruíssem o programa nuclear do Irã.

Agora, os EUA têm um pretexto.

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