Cinco meses depois do início de uma revolta popular na Síria, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, exigiu hoje pela primeira vez ao ditador Bachar Assad que renuncie. Cerca de 2 mil pessoas foram mortas nesse período.
"A transição para a democracia na Síria já começou", declarou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. "O povo sírio quer um governo que o proteja e atenda a suas aspirações. É hora de Bachar Assad sair do caminho."
Os EUA impuseram novas sanções, inclusive a proibição de importar petróleo e derivados da Síria. Hillary acrescentou que só o Irã apoia hoje o regime sírio, mas descartou a possibilidade de intervenção, dizendo que cabe aos sírios decidir seu futuro.
Como não foi possível aprovar uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas condenando a Síria pela violência contra os civis, por causa da oposição da China e da Rússia, os EUA e a Europa tentam isolar Assad diplomaticamente para sufocar a ditadura.
A comissária de Comércio Exterior da União Europeia, Catherine Ashton, também pediu a Assad que deixe o poder.
Ontem à noite, a ONU divulgou comunicado informando que, em conversa por telefone com o secretário-geral Ban Ki Moon, o ditador Bachar Assad prometeu suspender as operações militares contra os manifestantes.
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