quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Guatemala condena militares por massacre de 1982

Pela primeira vez, militares da Guatemala foram condenados por um dos muitos massacres que marcaram as três décadas de brutal guerra civil neste país da América Central, com 150 mil mortes, informa a agência de notícias France Presse.

Quatro oficiais que hoje estão na reserva – o tenente Carlos Antonio Carías, Manuel Pop, Reyes Collin e Daniel Martínez - pegaram penas de 6.060 anos cada um. São 30 anos pela morte de cada um dos 201 camponeses assassinados mais 30 anos por "crimes contra a humanidade e contra a segurança do Estado".

De 6 a 8 de dezembro de 1982 na aldeia de Dos Erres, no departamento de Petén, foi destruída. Desapareceu do mapa.

A tragédia guatemalteca começa em 1954, com a queda do presidente Jacobo Arbenz, que ousara fazer reforma agrária nas terras da multinacional bananeira United Fruit. Foi o primeiro de muitos golpes de Estado apoiados pela CIA, o serviço de espionagem dos Estados Unidos, na América Latina durante a Guerra Fria.

Esse golpe está contado em Weekend in Guatemala, uma obra de ficção realista do grande escritor guatemalteco Miguel Ángel Asturias.

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