domingo, 14 de agosto de 2011

Ex-governador Pawlenty abandona corrida à Casa Branca

Depois de ficar em terceiro numa eleição prévia de caráter simbólico realizada em Ames, no estado de Iowa, o ex-governador de Minnesotta Tim Pawlenty anunciou hoje que está deixando a disputa pela candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos em 2012.

A deputada Michele Bachmann, que travou um duelo pessoal com Pawlenty no último debate dos pré-candidatos republicanos, ganhou a prévia de Ames, que tem significado porque Iowa será o primeiro estado a realizar as chamadas eleições primárias ou prévias para escolha dos candidatos dos dois grandes partidos à Casa Branca.

Entre outros fatores, essa prévia é um teste para a capacidade de organização das campanhas no início de uma grande maratona. Não garante a indicação nas convenções regionais de Iowa, mas é um duro golpe para quem chega em terceiro lugar.

Pawlenty teve decepcionantes 2.293 votos, contra 4.823 para Bachmann, musa do movimento radical de direita Festa do Chá, e de 4.671 para o deputado Ron Paul, um antiestatista radical, um isolacionista favorável a uma presença menor dos EUA no exterior, é contra o envio de tropas ao exterior e a favor de julgar terroristas na Justiça comum, com os mesmos direitos de qualquer cidadão americano.

Nem o libertário Paul nem a ultrarreligiosa Bachmann parece elegível para a Casa Branca. Como observou a analista democrata Donna Brazil, a campanha da vencedora ganhou um forte impulso na briga interna dos republicanos, mas Bachmann continua tão inelegível quanto antes.

Uma candidata que votou a favor de não aumentar o teto da dívida pública dos EUA, o que significaria uma inédita ruptura de contratos pelo país mais rico e poderoso do mundo, não deveria ser levada a sério.

Com a entrada na briga do governador do Texas, Rick Perry, Pawlenty perde o argumento de ser o mais experiente com credenciais conservadoras. O atual líder nas pesquisas sobre a candidatura republicana, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney é considerado liberal demais pelas alas mais conservadoras do partido.

Evangélico fervoroso, Perry ocupa esse espaço à direita. Sua experiência administrativa tem mais peso eleitoral, já que Pawlenty vem de um estado menor. Entre os atuais pré-candidatos republicanos, é considerado o mais forte, dependendo da ex-governadora do Alasca Sarah Paulin, que promete decidir se concorre até setembro.

Sem alternativa a não ser se endividar numa campanha com escassa perspectiva de sucesso, Pawlenty desistiu.

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