Em mais uma reforma da tímida abertura econômica do regime comunista no poder há 52 anos, o parlamento de Cuba aprovou hoje a volta da iniciativa privada em setores como agricultura, varejo, transporte e construção. É uma tentativa de gerar empregos para compensar a demissão de 1 milhão de funcionários públicos nos próximos cinco anos.
É o fim do monopólio estatal sobre a economia imposto depois da revolução liderada por Fidel Castro, que tomou o poder em 1º de janeiro de 1959.
Numa guinada ideológica, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Nacional, deputado José Luis Toledo, afirmou que "socialismo significa direitos e oportunidades iguais para todos, e não igualitarismo".
O presidente Raúl Castro anunciou também maior liberdade para viajar ao exterior, reconhecendo que "a maioria dos cubanos emigra hoje por razões econômicas. Quase todos preservam seu amor pela família e pela pátria, e mantêm a solidariedade com seus compatriotas".
Hoje, para sair de Cuba, além de uma carta-convite do exterior, é preciso passar por um longo processo burocrático a um custo de US$ 400. A maioria da população não tem a menor chance.
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