Diante da virtual paralisação do processo de democratização do Egito, dezenas de milhares de pessoas tomaram hoje a Praça da Libertação, no centro do Cairo, para exigir a instalação de um Estado islâmico no Egito, governado pela charia, a lei corânica.
Uma revolta popular de caráter liberal e democrático derrubou, em 11 de fevereiro de 2011, o ditador Hosni Mubarak, que estava no poder há quase 30 anos. O Conselho Supremo das Forças Armadas assumiu o poder prometendo reforma da Constituição, eleições livres e democráticas.
Nas últimas semanas, eram os jovens do movimento original que estavam se concentrando na praça central da capital egípcia nas sextas-feiras para exigir o cumprimento dessas promessas. Agora, aparentemente, a situação mudou, o que lembra a revolução de 1979 no Irã, uma revolta popular sequestrada pelo clero conservador, que governa o país até hoje.
É improvável que os militares aceitem a islamização do Egito, mas o desafio está lançado.
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