quarta-feira, 1 de junho de 2011

Goldman Sachs perdeu US$ 1,3 bilhão de Kadafi

O banco de investimentos americano Goldman Sachs, que passou de herói a vilão do mercado financeiro com as sujeiras reveladas pela crise financeira internacional, perdeu US$ 1,3 bilhão de dólares da Líbia. Em troca, chegou a oferecer uma participação que tornaria o ditador Muamar Kadafi num de seus maiores acionistas, noticia hoje o jornal britânico The Independent.

A Autoridade de Investimentos da Líbia, um fundo para aplicar no exterior os recursos obtidos com a exportação de petróleo, tem dezenas de bilhões de dólares. Desde que as sanções anteriores ao país por suas ligações com o terrorismo foram suspensas depois que Kadafi abandonou seus programas de armas de destruição em massa, em 2004, uma série de empresas ocidentais tentou se beneficiar da riqueza do país.

Em 2008, antes do auge da crise mundial, o governo líbio deu US$ 1,3 bilhão ao Goldman Sachs para investimento em mercados de câmbio e em produtos financeiros complexos.

No início de 2009, o banco tinha perdido 98% do dinheiro. Para acalmar Kadafi, altos executivos do Goldman Sachs foram a Trípoli, a capital líbia, dar explicações e teria oferecido a participação acionária.

Ontem, o banco negou-se a comentar o negócio. Afirmou apenas que o dinheiro do regime líbio foi congelado com base nas sanções impostas pelos Estados Unidos.

Várias empresas com ativos da Líbia estão sob pressão para entregá-los ao Conselho Nacional de Transição, o governo provisório formado pelos rebeldes que lutam há três meses e meio para derrubar uma ditadura de 41 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário