terça-feira, 10 de maio de 2011

Pesquisa tira Sarkozy do segundo turno na França

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, precisa de mais do que a suposta gravidez de sua adorável primeira dama Carla Bruni para ser reeleito daqui a um ano. Uma pesquisa de opinião divulgada no domingo tira o desgastado hiperpresidente do segundo turno da eleição presidencial de 2011.

Com a impopularidade do presidente e o sucesso da nova líder da extrema direita, Marine Le Pen, a única hipótese que garante Sarkozy no segundo é se a candidata do Partido Socialista for Ségolène Royal, derrotada por ele em 2007.

Entre os socialistas, o favorito na pesquisa do instituto LH2 e do Yahoo é o atual diretor-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn. Ele teria sido indicado para o cargo pelo presidente para afastar um potencial adversário na luta pela reeleição. Ganhou destaque com a crise financeira internacional: é um socialista bem visto pelo mercado.

No primeiro turno de 2012, Strauss-Kahn teria 23% dos votos, a atual líder socialista, Martine Aubry, mais de esquerda, 22%, e o ex-líder e ex-marido de Ségolène, François Hollande, 21,5%.

Contra Strauss-Kahn, Sarkozy teve apenas 16% das preferências. Ficou abaixo de Marine Le Pen, com 17%. Os dois estão praticamente empatados, considerando-se a margem de erro da pesquisa.

O problema do presidente é que ele não sai do empate técnico se o adversário socialista for Aubry ou Hollande. Contra a líder socialista, teve 19% e Le Pen 17%. Se o candidato for Hollande, o que é improvável, Sarkozy também ficou com 19% das intenções de votos; Le Pen teve 18%.

Com Ségolène na disputa, Sarkozy seria o primeiro, com 20%. Marine Le Pen iria para o segundo turno com 17% e o PS ficaria fora, como na traumática noite de 21 de abril de 2002, quando o pai de Marine, Jean-Marie Le Pen, um neonazista grosseiro que nega o Holocausto, bateu o primeiro-ministro socialista Lionel Jospin e foi para o segundo turno contra o então presidente Jacques Chirac.

A fraqueza do presidente e dos partidos tradicionais ressuscita o fantasma da extrema direita no segundo turno.

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