terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Bachir diz aceitar independência do Sul do Sudão

A cinco dias de um plebiscito sobre a independência do Sul do país, o presidente Omar Bachir visitou hoje a região, prometeu aceitar uma derrota e defendeu a unidade nacional do maior país africano, o Sudão.

Bachir tomou o poder num golpe militar, em 1989, e impôs um regime islamita que nunca foi aceito pelo Sul, onde a população é majoritariamente cristã ou animista, dependendo do local.

O ditador foi recebido em Juba, a principal cidade do Sul do país, candidata a capital do Sudão do Sul, pelo líder do movimento pela independência, Salva Kiir. Eles discutiram as questões centrais de uma separação como as futuras fronteiras, cidadania, segurança, a divisão da riqueza do petróleo e das dívidas do país.

Quatro milhões de sulistas estão inscritos para votar. Um morador de Juba que foi ao aeroporto disse aos jornalistas que estava ali só para "dar adeus a Bachir, visto no Sul como um tirano.

Durante a maior parte de sua história, desde que se tornou independente do Império Britânico em 1955, esteve em guerra civil entre o Norte e o Sul. Foram 39 anos em guerra civil dos 55 anos de existência como estado nacional.

No acordo de paz firmado em 2005, havia uma cláusula sobre a realização de um referendo, o que acontecerá neste domingo, 9 de janeiro de 2011.

Nesta primeira década do novo milênio, a partir de 2003, o regime de Bachir é acusado pelo genocídio de Darfur, onde 300 mil pessoas teriam sido mortas pelo Exército e milícias muçulmanas ligadas ao governo de Cartum. Dois milhões fugiram de suas casas.

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