sábado, 4 de dezembro de 2010

PayPal fecha conta do WikiLeaks

Em mais um passo para sufocar a organização não governamental WikiLeaks, que divulgou nesta semana mais de 251mil documentos sigilosos da diplomacia dos Estados Unidos, a empresa de transferência de dinheiro via Internet PayPal fechou a conta usada para receber doações e colaborações.

O WikiLeaks está sob uma tremenda pressão do governo dos EUA, que está levando as empresas americanas a cortar relações com a ONG. Ontem, o sítio foi transferido para um endereço na Suíça. O ministro para economia digital da França, Eric Besson, pediu que a ONG seja proibida de hospedar o WikiLeaks em servidores franceses.

Seu fundador, o australiano Julian Assange, teve a prisão pedida pela polícia internacional Interpol por acusações de violência sexual na Suécia. Ele estaria escondido no Reino Unido.

Aparentemente, o WikiLeaks é uma empreitada anarquista, um grupo de hackers dedicado a expor o que considera práticas ilegítimas de governos e empresas. Não poderia ser enquadrado na Lei de Espionagem dos EUA porque não está a serviço de outro país.

Ao que parece, sempre fazendo essa ressalva, é uma iniciativa cidadã de democracia radical.

A diplomacia exige um grau de sigilo para que os diplomatas possam dizer a seus governos o que realmente pensam e também para negociar questões delicadas.

Durante dois anos, as negociações entre Israel e os palestinos se perderam em declarações públicas para marcar posição. Foi necessária uma negociação secreta intermediada pela Noruega para se chegar aos Acordos de Oslo e ao famoso aperto de mão entre o líder da Organização para a Libertação da Palestina, Yasser Arafat, e o primeiro-ministro israelense, Yitzhak Ragin, nos jardins da Casa Branca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário